Vitiligo: sintomas, diagnóstico e tratamento

O vitiligo é uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), no Brasil, mais de um milhão de pessoas, ou seja, 0,5% dos brasileiros, e cerca de 1% da população mundial são acometidos por essa condição.

O grande número de pessoas impactadas por essa doença evidencia a necessidade de informações precisas sobre o vitiligo, especialmente em relação ao seu tratamento. Neste artigo, explicaremos o que é o vitiligo, seus sintomas, formas de diagnóstico e os tratamentos recomendados. Confira:

Índice

O que é vitiligo?

O vitiligo é uma doença caracterizada pela perda de pigmento da pele, causada pela diminuição ou ausência de melanócitos, que são as células responsáveis pela produção de melanina (substância que dá cor à pele). Essa perda de pigmento resulta em manchas brancas que podem se espalhar por várias partes do corpo, incluindo os pelos e cabelos.

Essa condição não é contagiosa e não representa risco direto à saúde física, mas o surgimento das manchas pode ter um impacto emocional significativo, afetando a autoestima e o bem-estar psicológico dos pacientes.

O dia 25 de junho foi instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o Dia Mundial do Vitiligo, com o objetivo de conscientizar a população e combater o preconceito em torno dessa condição.

Tipos 

As manchas brancas decorrentes do vitiligo podem se manifestar de duas formas: segmentar e não-segmentar, sendo classificadas por um dermatologista no momento do diagnóstico.

Segmentar

O vitiligo segmentar, também conhecido como unilateral, caracteriza-se por manchas que surgem apenas de um lado do corpo. É mais comum em pacientes jovens e tende a progredir rapidamente nos primeiros anos após o surgimento.

Não-segmentar

O vitiligo não-segmentar, ou bilateral, é o tipo mais frequente. Ele apresenta manchas em ambos os lados do corpo, comumente nas extremidades, como mãos, pés, rosto e áreas ao redor de orifícios corporais, como a boca e o nariz. Esse tipo de vitiligo evolui de maneira cíclica, alternando períodos de progressão e estabilização das manchas ao longo da vida do paciente.

Causas: fatores genéticos e autoimunes

Embora diversos estudos busquem esclarecer as causas do vitiligo, ainda não existe uma resposta definitiva. No entanto, algumas teorias são amplamente aceitas. Uma das hipóteses é a teoria neural, que sugere que a destruição dos melanócitos pode ser induzida por substâncias químicas liberadas nas terminações nervosas. 

Essa teoria associa o vitiligo a fatores emocionais, como estresse, traumas e ansiedade. A teoria genética também é relevante, já que cerca de 25% dos pacientes com vitiligo têm histórico familiar da doença.

A teoria mais aceita atualmente é a autoimune, que propõe que o vitiligo resulta de uma disfunção do sistema imunológico, que ataca os melanócitos. Essa explicação é corroborada pelo fato de que o vitiligo pode estar associado a outras doenças autoimunes, como o hipotireoidismo e a alopecia areata. 

Sintomas 

Os sintomas do vitiligo são principalmente visuais, sendo as manchas brancas o principal sinal da doença. Na maioria dos casos, essas manchas surgem antes dos 20 anos. Embora a condição geralmente não cause desconforto físico, alguns pacientes podem relatar sensibilidade ou dor leve nas áreas afetadas.

É importante que os pacientes fiquem atentos ao surgimento de manchas brancas, especialmente em áreas frequentemente expostas ao sol, como mãos, braços, rosto e lábios.

Diagnóstico e a importância no controle da doença

O diagnóstico do vitiligo é clínico e realizado por um dermatologista em Uberlândia, geralmente com base na análise das lesões cutâneas. Algumas ferramentas que podem ser utilizadas no diagnóstico incluem:

  • Biópsia cutânea: uma pequena amostra da pele é retirada da área afetada para verificar a ausência de melanócitos;
  • Lâmpada de Wood: um exame em que luz ultravioleta é aplicada sobre as manchas, permitindo ao médico observar características específicas da pele;
  • Exames de sangue: para identificar possíveis doenças autoimunes associadas;
  • Histórico familiar: para avaliar predisposição genética. 

Tratamentos e cuidados com a pele 

Apesar de o vitiligo não ter cura, existem tratamentos que podem melhorar significativamente a aparência das manchas e estabilizar o seu crescimento. Os tratamentos mais comuns incluem:

  • Medicamentos tópicos: como cremes à base de corticosteroides e derivados de vitamina D;
  • Fototerapia: com radiação ultravioleta B (UVB) de banda estreita ou ultravioleta A (UVA);
  • Cirurgias: como o transplante de melanócitos para áreas afetadas.

Além do tratamento do vitiligo, o acompanhamento psicológico é recomendado para ajudar os pacientes a lidar com os impactos emocionais e sociais da doença.   

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Referências:

Sociedade Brasileira de Dermatologia

FAQ


O vitiligo tem cura?

Apesar de não existir uma cura definitiva para o vitiligo, existem tratamentos eficazes que ajudam a cessar o surgimento de novas manchas e recuperar a pigmentação em algumas regiões.

Existem sintomas físicos?

Os sintomas dessa condição são, normalmente, visuais com o surgimento de manchas brancas. No entanto, alguns pacientes podem relatar sensibilidade ou uma leve dor no local.

O estresse pode causar o vitiligo?

Existem diversas teorias em relação a causa dessa doença, e uma delas, a teoria neural diz que o estresse pode estar sim relacionado com a destruição dos melanócitos e aparecimento das manchas brancas.

As manchas podem aparecer no cabelo?

Sim, principalmente no vitiligo segmentar ou unilateral, é comum que pacientes tenham o surgimento de manchas nos cabelos e pelos.

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