O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), ou simplesmente lúpus, é uma das doenças autoimunes mais graves da atualidade. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), estima-se que entre 150 e 300 mil brasileiros sejam afetados por essa condição.
Para aumentar a conscientização sobre o lúpus e garantir que os pacientes saibam como melhorar sua qualidade de vida, o dia 10 de maio foi escolhido como Dia Mundial do Lúpus.
Neste texto, vamos explicar o que é o lúpus, quais são os principais tipos, suas causas, sintomas, diagnósticos e tratamentos. Também falaremos sobre a importância de procurar um especialista para um diagnóstico preciso.
Índice
O lúpus é uma doença inflamatória autoimune. Isso significa que, nessa condição, o sistema imunológico — cuja função é proteger o organismo contra infecções — ataca tecidos saudáveis, resultando em inflamação e danos em diversos órgãos e tecidos.
A doença de lúpus pode se manifestar de forma lenta, com sintomas que surgem ao longo de meses ou anos, ou de maneira mais rápida, em que os sinais aparecem em poucas semanas. Existem mais de 80 doenças autoimunes, e o lúpus é uma das mais graves, podendo colocar em risco a vida do paciente caso não seja tratado adequadamente.
Este tipo de lúpus afeta apenas a pele, provocando o aparecimento de lesões avermelhadas. Elas surgem, principalmente, no rosto, pescoço e couro cabeludo, podendo variar em tamanho, formato e coloração.
O lúpus sistêmico é o mais comum e pode variar de leve a grave. A principal característica é a inflamação generalizada, comprometendo vários órgãos e sistemas, como rins, coração, sangue, articulações, pulmões e cérebro.
Esse tipo é causado pelo uso de certos medicamentos. Quando o paciente interrompe o uso da substância que provocou a inflamação, os sintomas geralmente desaparecem.
O lúpus neonatal é raro e afeta recém-nascidos de mães que possuem lúpus. Esses bebês podem apresentar lesões na pele, fadiga e baixa contagem de células sanguíneas. Em alguns casos, há também risco de defeitos cardíacos, que podem ser tratados com diagnóstico precoce no pré-natal. Normalmente, os sintomas desaparecem nos primeiros meses de vida.
As causas do lúpus ainda não são totalmente compreendidas. No entanto, acredita-se que fatores genéticos, hormonais, infecciosos e ambientais desempenhem um papel importante. Alguns fatores desencadeantes incluem exposição ao sol sem proteção, uso de certos medicamentos, como antibióticos e anticonvulsivantes, e infecções.
Os sintomas de lúpus podem variar em intensidade e duração, sendo moderados ou graves, temporários ou permanentes. Eles podem surgir gradualmente ou de maneira repentina, dependendo do quadro clínico.
Em muitos casos, os sintomas aparecem esporadicamente, em momentos conhecidos como “crises”, em que há um agravamento temporário dos sinais. Entre os sintomas mais comuns estão:
O rash cutâneo é característico em cerca de metade dos pacientes, piorando com a exposição ao sol. Além dos sintomas gerais, o lúpus pode afetar órgãos específicos, como o coração, pulmões e trato digestivo, resultando em sintomas como arritmias, tosse com sangue ou dor abdominal.
Devido à variedade de sintomas, o diagnóstico do lúpus pode ser desafiador. O acompanhamento por um reumatologista em Uberlândia é essencial para garantir um diagnóstico correto e um tratamento eficaz. Entre os exames mais solicitados estão:
Atualmente, o lúpus não tem cura. No entanto, os tratamentos disponíveis podem controlar os sintomas, permitindo que os pacientes tenham uma boa qualidade de vida.
Os tratamentos para lúpus são personalizados e variam de acordo com a gravidade do quadro. Em casos leves, são utilizados anti-inflamatórios não esteroides, protetor solar e corticosteroides tópicos. Nos casos mais graves, podem ser prescritos corticosteroides em alta dose, imunossupressores ou medicamentos citotóxicos para controlar a inflamação e proteger os órgãos afetados.
Para pacientes com essa doença autoimune, o acompanhamento médico regular é fundamental. Além disso, algumas medidas podem melhorar a qualidade de vida, como:
O acompanhamento psicológico pode ser recomendado para ajudar o paciente a lidar com o impacto emocional da doença.
Se você convive com o lúpus ou reconhece alguns dos sintomas mencionados, a equipe do Complexo UMC está à disposição para te ajudar. Contamos com profissionais especializados, prontos para oferecer o suporte necessário para o tratamento adequado, visando melhorar sua qualidade de vida. Agende sua consulta e cuide da sua saúde.
Referências:
Sociedade Brasileira de Reumatologia
Sociedade Brasileira de Dermatologia Agência Brasília
Apesar de não ter uma cura para lúpus, existem tratamentos efetivos que ajudam a reduzir os sintomas causados pela doença e promover qualidade de vida aos pacientes.
Pacientes diagnosticados com a doença devem tomar certos cuidados, como evitar a exposição excessiva ao sol, praticar atividades físicas, manter uma alimentação saudável, evitar fumar e realizar um acompanhamento médico.
Os principais tipos dessa doença são: Lúpus discoide, lúpus sistêmico, lúpus induzido por drogas e lúpus neonatal.
O diagnóstico é realizado por um reumatologista a partir da análise de uma série de exames, que inclui: teste de anticorpos antinucleares, hemograma completo, radiografia do tórax, biópsia renal, exame de urina e exame físico completo.
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