De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no ano de 2020, o Brasil registrou mais de 6 mil óbitos por leucemia. Ainda de acordo com o instituto, o número estimado de novos casos da doença para o Brasil, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 11.540 casos. Mas, afinal, a leucemia tem cura?
A leucemia é um dos principais tipos de câncer no sangue. Confira a seguir tudo o que você precisa saber sobre a doença, conheça os sintomas, tipos e tratamentos:
Índice
Você sabe o que é leucemia? A leucemia é uma forma de câncer que afeta as células sanguíneas e a medula óssea.
Essa condição ocorre quando as células sanguíneas anormais se multiplicam de maneira descontrolada, prejudicando a produção de células sanguíneas saudáveis. Nesse sentido, no corpo de um paciente com leucemia, os glóbulos brancos perdem a sua função de defesa e passam a se acumular na medula óssea.
A leucemia pode se desenvolver em pessoas de qualquer idade, é o tipo mais frequente em crianças e adolescentes.
Existem diversos tipos de leucemia, os mais comuns são:
A leucemia mieloide aguda, também chamada de LMA, acomete as células sanguíneas e tem início na medula óssea, no órgão responsável pela produção das células do sangue. Por se tratar de um câncer agressivo, que se prolifera extremamente rápido, esse tipo de leucemia têm maiores chances de cura quando é diagnosticado no seu estágio inicial.
Os sintomas que caracterizam a doença são anemia, sensação de fraqueza, hemorragias frequentes (como sangramento nasal e aumento do fluxo menstrual), hematomas frequentes, perda do apetite, dor nos ossos e articulações, febre, falta de ar, tosse e outros desconfortos.
A leucemia linfoide aguda (LLA), é o tipo de leucemia mais comum em crianças. Essa condição é caracterizada pela multiplicação de células linfoides imaturas no sangue, que podem invadir outros órgãos do corpo, ocasionando o surgimento rápido e desenfreado de sintomas como sangramento, febre, dor nos ossos, infecções frequentes, dores abdominais, dificuldade para respirar e outros.
Assim como o LMA, apesar de ser um leucemia que se desenvolve extremamente rápido, a leucemia linfoide aguda tem boas chances de cura, principalmente quando o tratamento é iniciado precocemente.
Ao contrário da forma aguda da LMA, a leucemia mieloide crônica (LMC), tem uma progressão mais lenta. Esse tipo de leucemia é caracterizado por células mieloides anormais, que se acumulam gradualmente na medula óssea.
Além disso, a LMC é causada também por uma alteração genética na medula óssea, responsável por provocar o crescimento e a divisão anormal das células sanguíneas. A LMC pode ser identificada por sintomas como sangramentos frequentes, suores noturnos, dor abaixo das costelas, cansaço, febre alta e perda de peso.
A leucemia linfoide crônica (LLC), é uma forma de leucemia de progressão lenta. Nessa condição, os linfócitos, responsáveis pela defesa natural do corpo, são afetados. Esse tipo de leucemia caracteriza-se pela produção descontrolada de linfócitos anormais na medula óssea, que passam para a corrente sanguínea e podem ser acumulados nos órgãos.
Apesar de causar sintomas como sangramentos e hematomas frequentes, febre, dor abdominal, perda de peso, calafrios, inchaço na barriga, falta de ar e fraqueza, a doença tem uma progressão muito lenta. Por esse motivo, é mais comum em idosos.
Apesar de cada tipo apresentar sintomas diferentes, no geral, os principais sintomas de leucemia que costumam ser apresentados independentemente do tipo, são:
Mas, qual a causa da leucemia? É importante ressaltar que a causa exata da condição não é totalmente compreendida. No entanto, algumas condições genéticas e fatores de risco podem ser responsáveis por aumentar a probabilidade de desenvolvimento da doença.
Existem diversos fatores de risco que podem ser determinantes para aumentar o risco de desenvolver a leucemia, os principais são: exposição a substâncias tóxicas, histórico familiar da doença, tratamentos anteriores de outros tipos de câncer.
Além disso, condições genéticas, como a síndrome de Down, a síndrome de Bloom e a anemia de Fanconi também podem representar risco.
Para retardar a progressão da doença e principalmente para melhorar a qualidade de vida do paciente, é extremamente importante que o diagnóstico seja feito precocemente. Por esse motivo, em caso de sintomas, é crucial procurar ajuda médica especializada, para a realização de exames.
Em caso de suspeitas de leucemia, o médico pode solicitar a realização de um hemograma, para verificar eventuais alterações na quantidade de leucócitos, hemácias e plaquetas. O especialista pode solicitar também exames bioquímicos e coagulograma, além do mielograma, exame que avalia a medula óssea e é crucial para um diagnóstico preciso.
O objetivo do tratamento é destruir as células leucêmicas, para que a medula óssea volte a produzir células saudáveis e para que o paciente recupere a sua qualidade de vida, com saúde e bem-estar.
Os tratamentos para leucemia podem variar, principalmente considerando o tipo de leucemia, o estágio da doença e o estado clínico do paciente.
Nas leucemias agudas, como LMA e LLA, o processo de tratamento envolve a quimioterapia e o controle das complicações infecciosas e hemorrágicas. O tratamento é realizado em etapas, a primeira possui como finalidade a remissão completa das células anormais, as etapas seguintes variam considerando o tipo de célula afetada pela leucemia.
O tratamento da LMC pode ser feito com medicamentos, quimioterapia, transplante de células tronco e imunoterapia. Para tratar a LLC, a quimioterapia, a imunoterapia e a realização de cirurgias podem ser indicadas.
Em todos os tipos, nos casos mais graves, o transplante de medula óssea pode ser indicado.
Sim! Atualmente, existem possibilidades de tratamento para todos os tipos de leucemia. Portanto, considerando histórico do paciente, idade e estágio da doença, a condição pode ser tratada e curada.
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Em caso de sintomas de leucemia, agende sua consulta com um médico especialista e cuide-se!
Referências:
Instituto Nacional de Câncer – INCA
A leucemia é um tipo de câncer no sangue, que afeta os glóbulos brancos e a medula óssea.
Sim, a cura depende do tipo, estágio da doença e resposta ao tratamento.
Não, a leucemia pode afetar pessoas de todas as idades, incluindo crianças.
Sim, em alguns casos, a leucemia pode retornar após o tratamento. Por isso, o acompanhamento médico em uma clínica oncológica em Uberlândia regularmente é essencial para monitorar a saúde e detectar precocemente possíveis recorrências.
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