Estima-se que em média 80% da população terá ao menos duas crises de dores nas costas, durante toda a vida. Além disso, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a escoliose é uma condição que afeta de 2% a 4% de toda a população mundial.
Por esse motivo, é muito importante ter conhecimento sobre as características da doença, seus sintomas, diagnóstico e tratamentos. Entenda a seguir tudo o que você precisa saber sobre a escoliose:
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A coluna vertebral possui como finalidade oferecer sustentação ao corpo. Essa parte do corpo possui algumas curvaturas, consideradas normais. No entanto, existem pessoas que apresentam uma curvatura anormal, pois sofrem de uma doença chamada escoliose. Você sabe o que é escoliose?
A escoliose é uma deformidade na coluna vertebral, caracterizada por uma curvatura anormal. As pessoas que possuem escoliose apresentam a coluna com uma curva para um dos lados, em forma de “C” ou “S”.
Existem diferentes tipos de escoliose, que podem afetar pessoas de todas as idades, desde crianças até adultos. Confira a seguir mais sobre os principais:
A escoliose congênita é caracterizada por anormalidades no desenvolvimento dos ossos da coluna vertebral, esse tipo se desenvolve durante a gestação. Por esse motivo, pode ser detectado ao nascimento ou durante a infância, sendo extremamente importante a realização de um acompanhamento médico rigoroso desde os primeiros anos de vida.
A escoliose neuromuscular está diretamente associada a condições neuromusculares, como a distrofia muscular ou a paralisia cerebral. Isso acontece, pois a fraqueza nos músculos que suportam a coluna vertebral pode levar à progressão da escoliose nesses casos.
A escoliose idiopática não possui uma causa conhecida. É o tipo mais comum de escoliose e, de acordo com a OMS, representa 80% dos casos diagnosticados. Ainda segundo a organização, estima-se que cerca de 3% das crianças entre as idades de 10 e 16 anos tenham a doença.
A escoliose pós-traumática surge como resultado de lesões traumáticas na coluna vertebral. Essas lesões podem ser causadas por acidentes, quedas ou outras formas de trauma. É importante pontuar que esse tipo pode se manifestar imediatamente após o incidente ou se desenvolver ao longo do tempo.
A escoliose degenerativa ocorre em adultos, na maioria das vezes, se desenvolve devido ao desgaste natural dos discos intervertebrais e das articulações da coluna vertebral. Isso porque, à medida que essas estruturas se deterioram, a coluna pode desenvolver curvaturas laterais.
Esta forma de escoliose está frequentemente associada ao envelhecimento, estima-se que essa condição afeta 6% da população com mais de 50 anos.
A escoliose pode afetar qualquer pessoa e surgir em qualquer fase da vida. No entanto, segundo os especialistas de ortopedia, existem fatores de risco que podem ser determinantes para o desenvolvimento da condição.
Os fatores incluem histórico familiar da condição, idade (já que a escoliose idiopática geralmente se desenvolve durante a adolescência, enquanto a escoliose degenerativa ocorre em adultos e idosos), outras condições médicas, como os distúrbios neuromusculares e em decorrência de outros fatores.
No estágio inicial, a escoliose costuma ser uma doença silenciosa, portanto, é comum que muitas pessoas não notem os sintomas inicialmente. Além disso, quando eles se manifestam, as alterações podem variar de acordo com cada indivíduo e com o tipo de escoliose.
Por isso é extremamente importante estar sempre atento a qualquer sintoma incomum relacionado à coluna e, em casos de alterações aparentes, é crucial procurar um ortopedista especialista em coluna para realizar o exame físico.
Os sintomas de escoliose mais comuns são:
O diagnóstico precoce da escoliose é fundamental para um tratamento eficaz e bem sucedido. Para diagnosticar a doença, será necessário que o médico realize um exame físico detalhado, para que ele possa observar a postura, a simetria do corpo e a amplitude dos movimentos. Dessa forma, eventuais alterações poderão ser notadas.
Além disso, para um diagnóstico da escoliose preciso, o ortopedista em Uberlândia pode solicitar também a realização de exames de imagem, como radiografias. Com isso, ele pode avaliar detalhadamente a curvatura da coluna, podendo determinar o tipo de escoliose, para a escolha do tratamento ideal para o caso do paciente.
As possibilidades de tratamentos de escoliose variam, considerando a gravidade da curva, o tipo de escoliose, a idade do paciente e outros fatores clínicos. Nos casos mais leves, os especialistas podem indicar exercícios e medicamentos para a escoliose.
O uso de palmilhas e coletes ortopédicos, também podem ser úteis para reduzir a progressão da curva, uma vez que eles servem para manter os ossos e as articulações na posição adequada.
Nos casos mais graves ou quando o paciente não está respondendo a outras formas de tratamento, a cirurgia pode ser indicada pelos especialistas. Isso porque, essa é uma solução eficiente para corrigir a curvatura vertebral e estabilizar a coluna.
Está enfrentando sintomas como dores na coluna, dificuldade de equilíbrio, ou notou irregularidades em sua postura? É fundamental buscar a orientação de um especialista. Encontre uma equipe de ortopedistas altamente qualificados no Complexo UMC, para realizar avaliações e oferecer tratamentos adequados.
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Referências:
Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia
A escoliose é uma condição médica caracterizada por uma curvatura lateral anormal da coluna vertebral. Essa condição pode ocorrer em pessoas de todas as idades.
Não, o uso de colete é recomendado em casos de escoliose em crescimento ou em situações em que a curvatura é significativa. Em casos leves, outras opções de tratamento podem ser consideradas.
A cirurgia é geralmente reservada para casos mais graves que não respondem a outras formas de tratamento. A decisão de realizar a cirurgia é individualizada e depende da avaliação médica.
Não há uma cura definitiva para a escoliose, mas o tratamento busca controlar a progressão da curva, aliviar sintomas e melhorar a qualidade de vida.