Em pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019 mais de 1 milhão de pessoas foram diagnosticadas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Por esse motivo, é importante conhecer as principais ISTs.
Você sabe o que são ISTS e quais são seus principais tipos? Conheça a seguir o que você precisa saber sobre elas e saiba mais sobre como preveni-las:
Índice
As Infecções Sexualmente Transmissíveis, ISTs, são doenças causadas por agentes infecciosos que são transmitidos, principalmente, por meio do contato sexual. É importante entender que esses agentes podem ser vírus, bactérias ou outros microrganismos. As ISTs podem afetar toda e qualquer pessoa, independentemente da idade, do gênero ou da orientação sexual.
Além disso, a transmissão pode acontecer durante as relações sexuais desprotegidas, sejam elas vaginais, anais ou orais.
A conscientização sobre ISTs é essencial para a prevenção e controle dessas infecções. Isso porque, conhecer os riscos, os modos de transmissão e, principalmente, os sintomas é essencial para reduzir a disseminação dessas doenças, diminuindo também os riscos de complicações mais graves para a saúde.
Além disso, a conscientização e a disseminação de informações corretas sobre o assunto também é crucial para combater o estigma acerca das ISTs, promovendo uma sociedade mais saudável e segura.
Conheça algumas das ISTS mais comuns e saiba mais sobre sintomas e tratamento:
Segundo dados do Ministério da Saúde, estima-se que um milhão de pessoas vivem com HIV no Brasil.
O HIV é o vírus da imunodeficiência humana. Ele pode ser transmitido por meio do contato sexual desprotegido com uma pessoa contaminada, pelo contato com agulhas contaminadas ou pode ser passado da mãe para o bebê. Nos casos em que o vírus compromete o sistema imunológico, o HIV pode evoluir para a AIDS.
Os principais sintomas do HIV são:
Nos casos da AIDS, como o sistema imunológico é comprometido, os sintomas são mais intensos, favorecendo o desenvolvimento de infecções como herpes, candidíase e outras.
O HIV pode ser diagnosticado após a análise dos sintomas pelo infectologista em Uberlândia. Além disso, ele pode solicitar exames como teste rápido de HIV, exames de sangue e de saliva, para verificar a presença dos anticorpos.
Para tratar a condição, o infectologista pode indicar o uso de remédios antirretrovirais, essenciais para impedir a proliferação do vírus, reduzindo a carga viral e evitando o desenvolvimento de complicações ainda mais graves, como a AIDS.
De acordo com o Boletim Epidemiológico Sífilis 2023, do Ministério da Saúde, do ano de 2012 ao ano de 2022, foram notificados mais de 1,2 milhões de casos de sífilis adquirida e mais de 500 mil casos de sífilis em gestantes no Brasil.
Mas, afinal, o que é sífilis? A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum. Essa infecção é transmitida por meio das relações sexuais sem preservativo com uma pessoa infecctada, e assim como a HIV pode ser transmitida por compartilhamento de agulhas contamidas e da mãe para o bebê.
Os sintomas da sífilis podem variar considerando o seu estágio. No estágio da sífilis primária, os sintomas mais comuns são:
As lesões primárias representam o estágio inicial da infecção. Elas podem surgir de 10 a 90 dias após o contato direto com a ferida de sífilis de outra pessoa. Cerca de 3 a 6 semanas após o seu surgimento, elas desaparecem e não deixam cicatrizes permanentes.
No estágio da sífilis secundária os sintomas que aparecem são:
Os sintomas da sífilis secundária aparecem cerca de 2 a 8 semanas após o desaparecimento das lesões da sífilis primária. Eles demonstraram que a bactéria se multiplicou e se espalhou na corrente sanguínea. Além disso, os sintomas podem aparecer periodicamente ou desaparecer. Por esse motivo, procurar assistência de um infectologista é essencial.
Por fim, os principais sintomas da sífilis terciária são:
É importante entender que a sífilis terciária pode surgir de 10 a 30 anos após a infecção inicial. A condição pode chegar a esse estágio principalmente nos casos em que o tratamento não é realizado.
A sífilis pode ser confirmada por meio da análise dos sintomas e da realização de exames específicos, como teste rápido de sífilis, sorologia e outros.
Após o diagnóstico, o paciente poderá ser submetido a tratamento com medicamentos orais ou com injeções. O tratamento dependerá do estágio da doença e do estado clínico do paciente. Por isso, o acompanhamento com um especialista é essencial.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019 havia mais de 78 milhões de pessoas comprometidas pela gonorreia, uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae.
Transmitida por meio da relação sexual vaginal, anal ou oral sem preservativo, a gonorreia pode afetar homens e mulheres. Além disso, também pode ser transmitida da mãe para o bebê no momento do parto.
Os sintomas mais comuns da gonorreia incluem:
Outros sintomas podem surgir, dependendo do tipo de contato sexual (oral, vaginal ou anal). Por isso, é essencial consultar um médico especialista para um diagnóstico e tratamento adequados.
Para diagnosticar ou descartar a doença, o médico deve avaliar os sintomas e solicitar exames específicos. Uma vez confirmado o diagnóstico, é essencial iniciar o tratamento da gonorreia imediatamente para evitar complicações.
Para as mulheres, o tratamento deve ser orientado por um ginecologista em Uberlândia, enquanto os homens devem buscar acompanhamento com um urologista em Uberlândia. Em ambos os casos, o tratamento mais comum envolve o uso de antibióticos para eliminar a bactéria responsável pela infecção.
Além disso, todos os parceiros sexuais dos últimos 60 dias devem ser notificados, testados e tratados, mesmo sem apresentar sintomas, para evitar a reinfecção e a propagação da doença.
É recomendável evitar atividades sexuais até que o tratamento seja concluído e o médico confirme a cura, para evitar a transmissão da infecção.
Segundo o Ministério da Saúde, o HPV (Papilomavírus Humano) infecta 54,4% das mulheres e 41,6% dos homens que já iniciaram a vida sexual.
O HPV é uma IST causada pelo papilomavírus humano. Essa condição pode ser transmitida principalmente por meio das relações sexuais sem proteção. Além disso, o HPV está associado a mais de 90% dos casos de câncer de colo do útero e de ânus.
Em muitos casos, a infecção pode ser assintomática no estágio inicial. No entanto, os sintomas mais comuns do HPV incluem:
Um médico especialista pode diagnosticar a doença pela análise dos sintomas e pela realização de exames. Após o diagnóstico, o especialista recomendará o tratamento mais adequado, que pode incluir o uso de medicamentos e pomadas para controlar ou aliviar os sintomas
Em casos mais graves, o tratamento pode envolver procedimentos como cauterização do útero ou crioterapia (congelamento das verrugas).
Os exames para ISTs são a forma mais eficaz de detectar as infecções precocemente. A detecção precoce permite o início imediato do tratamento, o que pode prevenir complicações e melhorar os resultados de saúde.
Muitas ISTs podem não apresentar sintomas, especialmente nos estágios iniciais. Portanto, realizar exames regularmente, mesmo quando não há sintomas visíveis, é essencial para identificar infecções que poderiam evoluir para condições mais graves.
Além disso, testes regulares também ajudam a reduzir a transmissão de ISTs, contribuindo para a saúde sexual individual e pública. Identificar e tratar infecções precocemente ajuda a proteger parceiros e a controlar a propagação das doenças.
Você sabe qual é a principal forma de prevenção das ISTS?
A principal forma de prevenção das ISTs é a adoção de práticas sexuais seguras. Isso inclui o uso de preservativos, a realização regular de exames de ISTs regulares e a vacinação, quando disponível, como no caso do vírus HPV.
Os preservativos são uma das formas mais eficazes de prevenir a transmissão de ISTs. Isso porque, eles criam uma barreira que impede o contato direto com os fluidos corporais e lesões infectadas.
Existem preservativos masculinos e femininos, e é importante usá-los em todas as relações sexuais, independentemente da orientação sexual.
Se você suspeita de uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), consulte um de nossos especialistas no Complexo UMC. Nossos profissionais fornecerão acompanhamento completo, desde o diagnóstico até o tratamento da infecção e das possíveis complicações associadas.
Agende sua consulta com um de nossos especialistas e cuide da sua saúde!
Referências:
Sociedade Brasileira de Infectologia
As Infecções Sexualmente Transmissíveis, são doenças causadas por agentes infecciosos como vírus, bactérias ou outros microrganismos, transmitidos principalmente por meio do contato sexual sem preservativos.
As ISTs mais comuns incluem HIV/AIDS, sífilis, gonorreia, herpes genital e HPV.
Os exames de ISTs recomendados incluem testes de sangue, urina e amostras de secreção genital para detectar diferentes infecções.
A realização regular de testes de ISTs é essencial para a detecção precoce e o tratamento adequado dessas infecções, prevenindo complicações graves e reduzindo a transmissão.
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